Sistema melanocitário
O sistema melanocitário responsável pela pigmentação, compreende os melanócitos e os queratinócitos circundantes, formando a unidade epidérmica melânica. Na pele branca os melanossomas são pequenos (400nm) e reunidos por grupos no interior dos queratinócitos, sendo degradados nas camadas superficiais da epiderme. Na pele negra os mesmos estão dispersos individualmente no citoplasma dos queratinócitos e apresentam tamanho maior (800nm), não sendo degradados e chegando intactos á camada córnea. Este fato talvez explique a maior proteção solar no caso da pele negra.
Melanócito é uma célula dendrítica que produz melanina, substância pigmentar que envolve a célula protegendo seu núcleo dos raios solares. No homem, os melanócitos se encontram na pele, na camada basal da epiderme, no sistema nervoso central e na retina. A melanina é um dos responsáveis pela coloração da pele e auxiliam na proteção celular contra a radiação solar]
A melanina é a denominação genérica de uma classe de compostos proteicos existente nos reinos Animal, Planta e Protista e cuja principal função é a pigmentação e protecção contra a radiação solar. É a melanina que, por exemplo, confere pigmentação à pele, aos olhos e aos cabelos dos mamíferos. A falta de melanina dá origem a uma condição denominada albinismo.
A produção de melanina é feita pelos melanócitos ou melanoblastos, células da camada basal da epiderme que mantêm contato com os queratinócitos por intermédio de projeções citoplasmáticas. Esses prolongamentos é que permitem que os pigmentos melânicos produzidos se depositem nos queratinócitos.
A síntese de melanina é teoricamente explicada pela presença de uma enzima - tirosinase - concentrada no aparelho de Golgi dos melanócitos. O pigmento é originado a partir da polimerização do aminoácido tirosina por intermédio da ação da tirosinase, a qual passa de aminoácido incolor a um pigmento castanho. A tirosina polimerizada deposita-se em vesículas denominadas melanossomas, as quais se deslocam pelos prolongamentos citoplasmáticos dos melanócitos, sendo transferidos para os queratinócitos através de um processo de secreção, denominado secreção citócrina (de célula para célula). Os grânulos de melanina permanecem no citoplasma dos queratinócitos.
As diversas camadas dos queratinócitos com melanina fornecem uma defesa eficaz dos tecidos subjacentes contra os efeitos nocivos dos raios solares, principalmente dos raios ultravioleta.
Dentro do espectro solar, a radiação ultravioleta B (UVB) é a responsável pela maioria dos efeitos carcinogênicos (que dão origem ao câncer) na pele. A UVB é mais intensa entre 10 e 16 horas, sendo aconselhável evitar exposição solar durante este período. A radiação ultravioleta A (UVA) induz ao fotoenvelhecimento e parece estar relacionada com o desenvolvimento do melanoma maligno. Uma diferença importante entre a radiação UVA e UVB é que a intensidade da UVA é a mesma durante todo o dia e também não muda com a estação do ano.
Para aqueles que insistem numa exposição prolongada ao sol fique alerta para os riscos de:
• envelhecimento precoce
• desidratação
• lesões nos olhos
• câncer de pele
• Derme
A pele negra tem uma camada dérmica mais espessa e compacta. As fibras de colágeno são mais densas e com disposição paralela. Há mais fragmentos fibrosos entre as fibras e entre os vasos. A quantidade de proteinagliconos é maior.
Vasos superficiais e sub-epidérmicos são mais numerosos na pele negra. A derme papilar tem mais fibroblastos e macrófagos. Os fibroblastos são hipertrofiados e com grande extensão da retícula endotelial. Há menor quantidade de fibras elásticas na pele negra, mas sua disposição é diferente.
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